Wednesday, January 16, 2019

The Heart in Poems: Ângelo de Lima


(Porto, 1872-1921)

Estes versos antigos que eu dizia
Ao compasso que marca o coração
Lembram ainda? Lembrarão um dia...
Nas memórias dispersas recolhidas
Sequer da piedosa devoção 
De algum livro de coisas esquecidas?
Acaso o que ora canta... vive... existe
Nunca mais lembrará? Eternamente?
E, vindo do não-ser, vai, finalmente,
Dormir no nada... majestoso e triste.

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