(Porto, 1872-1921)
Estes versos antigos que eu dizia
Ao compasso que marca o coração
Lembram ainda? Lembrarão um dia...
Nas memórias dispersas recolhidas
Sequer da piedosa devoção
De algum livro de coisas esquecidas?
Acaso o que ora canta... vive... existe
Nunca mais lembrará? Eternamente?
E, vindo do não-ser, vai, finalmente,
Dormir no nada... majestoso e triste.
En Cem poemas para salvar a nossa vida (2014)
No comments:
Post a Comment