Nós e os outros: o poder dos laços sociais (2018), de María Luísa Pedroso de Lima é un libro escrito cun obxectivo ambicioso:
"Este livro, escrito na perspetiva da psicologia social, propõe-se contrariar esta idea de independendência e individualidade e procura mostrar que somos muito mais o produto da interação com os outros do que queremos aceitar" (p.9)
A premisa da que parte é que sen o ambiente social en que desenvolvemos as nosas actividades, seriamos outros/as. O noso grupo moldea a autorrepresentación que facemos de nós mesmos e determina os sesgos que afectan a esta percepción, que á súa vez afectan á nosa saúde mental.
"... a ideia de que somos seres únicos, independentes, autónomos e coerentes, é, também ela, uma ilusão socialmente construída" (p.35)
Sen ser unha idea novedosa, o seu verdadeiro interese radica na revisión das implicacións de estudos de psicoloxía social como os de Stanley Milgram, Philip Zimbardo ou Solomon Asch que analizan as variables psicosociais que nos axudan a confirmar as nosas ideas sobre o mundo e validarnos ou a actuar como heroes/heroínas, pero que igualmente poden levar á "formación" dun terrorista, provocar ansiedade existencial, modificar a narrativa do que nos aconteceu e afectar ao noso comportamento nas redes sociais.
"... para ser um herói (...) é preciso sentir-se responsável pelos outros e ser sensível ao seu sofrimento. É preciso sentir-se empenhado no grupo e apoiado por ele. É o grupo que dá a coragem aos heróis" (p.68)
"Para além das normas que estão consagradas em leis e em que há um sistema de punição para quem não as compre, existe uma série de normas informais que organizam o nosso quotidiano" (p.54)
"... as pessoas tendem a mudar as suas opiniões para diminuir a discrepância e contribuir para a homogeneidade no grupo" (p.49)
Alén do efecto que teñen os lazos na construción de quen somos e na nosa maneira de estar no mundo, tamén influência na nosa saúde. As investigación de novo indican que a soidade crónica leva a perturbacións do sono e ás veces mesmo á morte prematura ou ao suicidio.
"As neuroimagens de pessoas que se sentem sós mostram que quando expostas a estímulos sociais deixam de ativar a junção temporoparietal, responsável pela capacidade de descentração, de tomar a posição do outro e, por tanto, de empatizar" (p.78)
"Aquecendo o coração e lembrando que as relações estão lá se as quisermos continuar, coimavam para a interação ao vivo, que, essa sim, é "the real thing", que conta a sério" (p.85)
"... apesar do impacto pessoal que tem, a doença é uma experiência profundamente social" (p.91)
O libro, coma o de Helena Matute que vos comentei aquí, consegue espertar o interese polos dominios da investigación en psicoloxía social e neste sentido, aparte dos estudos aos que se alude en cada capítulo, hai un epílogo que é ouro polas referencias bibliográficas que contén.
Fico muito contente por ter gostado do meu livro! Um abraço Luisa
ReplyDeleteMuito instrutivo, Luisa! Outro abraço pra você, obrigada pelo comentário.
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