Un gesto de silêncio
Todos nós temos os nossos desertos pequenos ou grandes e
todos nós temos os nossos labirintos pequenos ou grandes
simples ou complexos
Os caminhos e os percursos entre os nossos desertos e os
nossos labirintos mais rectos ou mais sinuosos são ao fim e
ao cabo os caminhos da nossa vida
E esses caminhos são feitos predominantemente de silêncio
A grande força da nossa vida reside no silêncio
O silêncio das nossas meditações das nossas reflexões das
nossas decisões dos nossos segredos e intimidades dos
nossos medos e coragens dos nossos sonhos e entusiasmos
das nossas alegrias das nossas mágoas e frustrações
O silêncio é a primeira voz que um homem ouve quando está
dentro de si
O silêncio é o respirar do nosso íntimo a dialéctica da nossa
personalidade e o único espaço onde a mentira não cabe
O silêncio é o relógio oculto e secreto das nossas horas
Nos somos a nossa própria teia e só o silêncio nos deixa ver e
separar os emaranhados fios que a tecem
A mágica sensatez do silêncio é o fio-de-prumo da nossa
calibração
São imensas as verdades que podemos conhecer só por
ficarmos estendidos na cama a pensar calmamente porque
as verdades estão em nós e só o silêncio nos permite
desvendá-las
Tantas veces o silêncio tem vontade de fugir e necessidade
de gritar... de gritar as verdades que descobre
Mas como o silêncio não tem palavra de se ouvir vai
enformando os mais variados actos da nossa vida os gestos e
as artes da vida que só nele vive
Assim nascem assim se criam e se desdobram todas as
nossas inúmeras expressões vivências algumas delas ditas
artísticas que mais não são do que as vozes ampliadas dos
nossos próprios silêncios
todos nós temos os nossos labirintos pequenos ou grandes
simples ou complexos
Os caminhos e os percursos entre os nossos desertos e os
nossos labirintos mais rectos ou mais sinuosos são ao fim e
ao cabo os caminhos da nossa vida
E esses caminhos são feitos predominantemente de silêncio
A grande força da nossa vida reside no silêncio
O silêncio das nossas meditações das nossas reflexões das
nossas decisões dos nossos segredos e intimidades dos
nossos medos e coragens dos nossos sonhos e entusiasmos
das nossas alegrias das nossas mágoas e frustrações
O silêncio é a primeira voz que um homem ouve quando está
dentro de si
O silêncio é o respirar do nosso íntimo a dialéctica da nossa
personalidade e o único espaço onde a mentira não cabe
O silêncio é o relógio oculto e secreto das nossas horas
Nos somos a nossa própria teia e só o silêncio nos deixa ver e
separar os emaranhados fios que a tecem
A mágica sensatez do silêncio é o fio-de-prumo da nossa
calibração
São imensas as verdades que podemos conhecer só por
ficarmos estendidos na cama a pensar calmamente porque
as verdades estão em nós e só o silêncio nos permite
desvendá-las
Tantas veces o silêncio tem vontade de fugir e necessidade
de gritar... de gritar as verdades que descobre
Mas como o silêncio não tem palavra de se ouvir vai
enformando os mais variados actos da nossa vida os gestos e
as artes da vida que só nele vive
Assim nascem assim se criam e se desdobram todas as
nossas inúmeras expressões vivências algumas delas ditas
artísticas que mais não são do que as vozes ampliadas dos
nossos próprios silêncios
En Vai o rio no estuário (2012)
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