Saturday, November 12, 2016

So long, Leonard Cohen

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Leonard_Cohen_2107.jpg
O pasado domingo debatendo ao fío do Nobel de Dylan, saíu na conversa o mestre Leonard Cohen, e como concordabamos na habilidade das súas composicións, tanto poéticas como musicais. Diciamos como era un luxo ter a este home no planeta e poder gozar do seu xenio e talento para expresar nesa voz profunda e algo nasal os nosos propios sentimentos, pregarias, desexos ou arrepentimento; e como era capaz de transmitir o que el mesmo chamou "un tipo de equilibrio no caos da existencia".

É triste o mundo sen Cohen, e unha sente que lle gustaría darlle as grazas dalgún xeito por todo o que recibímos del, non si? Voume apropiar a tal efecto dos tributos de dúas artistas: Ana Bacalhau, a voz de Deolinda, e Silvia Pérez Cruz , da que xa vos temos falado noutra entrada e cuxas versións de temas de Cohen vos recomendo. 

Déixovos primeiramente unha pequena mostra da homenaxe doce e respectuosa que Deolinda lle fixo onte á noitiña dentro dun concerto íntimo e intenso no entorno especial do Teatro Jofre de Ferrol. Non fixo unha versión de Cohen, senón que lle adicou un tema do seu novo disco Outras histórias: “As cançoes que tu farias”, que fala de todas esas cancións que quedan no tinteiro ao morrer eses artistas que as escribían. Quedamos á espera desa máquina que “consiga traer en vida nas cançoes que tu farias”, mestre Cohen, e danzaremos ao son que ti marques.


As canções que tu farias

Que mais canções é que farias tu, ó ai 
se não morresses novo? 
Quantas canções ficaram ser ter voz 
na voz calada deste povo? 

Que espaço ocupam as canções 
que não cantaste? 
No espaço aberto do silêncio que deixaste 
Talvez um dia uma máquina consiga 
Ler nesse espaço as canções que tu farias 

E as canções que tu farias 
eu dançaria, ai eu dançaria
ai eu dançaria! 

E as canções que tu farias 
eu dançaria, ai eu dançaria 
ai eu dançaria! 

Que mais palavras cantarias tu, ó ai 
se estivesses cá conosco? 
Essas palavras que são o que eu sou 
que são tudo aquilo que somos 

Que vida existe nas canções 
que não escreveste? 
E que mais vidas nos darias 
que não deste? 
Talvez um dia uma máquina consiga 
trazer-te em vida nas canções que tu farias 

E as canções que tu farias 
eu dançaria, ai eu dançaria 
ai eu dançaria! 
Talvez um dia uma máquina consiga 
Ler nesse espaço as canções que tu farias 

E as canções que tu farias 
eu dançaria, ai eu dançaria 
ai eu dançaria!


Pola súa banda, Silvia Pérez Cruz compartía o seguinte comentario na rede social Facebook acompañado dun vídeo dela cantando no metro de Nova Iorque.

Esta mañana mi amigo Igor Cortadellas, me ha mandado este video, no recordaba que lo habíamos grabado, lo teníamos en un cajón y hemos decidido que en homenaje al maestro Cohen lo teníamos que colgar hoy. Fue grabado en el metro de NY en el 2015, el sonido no es muy bueno y yo aún no me sabía muy bien la canción pero este video tiene algo especial. No hay nada preparado, es la captura de un momento real, la gente que sale es la del momento y al final de la canción solo puedo decir que yo no estoy cantando. Lo juro.
Gracias Leonard.


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