Na palma da mão
Na palma da mão tenho sonhos de liberdade e silêncio para
enfrentar a morte
A música treme na palma da mão como incerteza de
paisagem e futuro
Quem dera adivinhar a cor desta canção cinzenta que se
dissolve no ar que respiro
Neste verão diferente do outro eu quero vestir a primavera
sem medo dos tiranos e da moral burguesa
Quero escolher as palavras do poema que fazem chorar os
olhos azuis e abrir o sonho à luz do meio-dia
Quero renascer dos versos que dentro de mim acendem as
estrelas e clamam por outros seres e outros mundos
Quero seguir quem me chama para outros mares onde o sol
sempre nasce e ilumina
Creio que a terra ainda é minha e de espirais de estrelas o
meu regresso
O sol arde nas nuvens e o mar verde leva-me para habitar
contigo onde quer que estejas
Não sei aprender a morrer fora das linhas desta mão incerta
onde as flores de verão deixaram raízes no inverno e hão-de
desabrochar na manhã de sol em que partirei
Na palma da mão tenho sonhos de liberdade e silêncio para
enfrentar a morte
A música treme na palma da mão como incerteza de
paisagem e futuro
Quem dera adivinhar a cor desta canção cinzenta que se
dissolve no ar que respiro
Neste verão diferente do outro eu quero vestir a primavera
sem medo dos tiranos e da moral burguesa
Quero escolher as palavras do poema que fazem chorar os
olhos azuis e abrir o sonho à luz do meio-dia
Quero renascer dos versos que dentro de mim acendem as
estrelas e clamam por outros seres e outros mundos
Quero seguir quem me chama para outros mares onde o sol
sempre nasce e ilumina
Creio que a terra ainda é minha e de espirais de estrelas o
meu regresso
O sol arde nas nuvens e o mar verde leva-me para habitar
contigo onde quer que estejas
Não sei aprender a morrer fora das linhas desta mão incerta
onde as flores de verão deixaram raízes no inverno e hão-de
desabrochar na manhã de sol em que partirei
En Vai o rio no estuário (2012)
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